Programa de desenvolvimento profissional de professores

Apoio à gestão escolar e à valorização da formação docente – Programas de incentivo à docência

O Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores (PDP), têm, entre outras premissas, a confiança em que os educadores são o elemento central para promoção de melhorias na formação dos educandos e que são eles, e não os insumos, os elementos principais para o sucesso de um projeto educativo.

Em razão disso, as mudanças na educação devem partir de uma reflexão sobre concepções, atitudes e práticas pedagógicas dos educadores e, para assegurar seu envolvimento nesse processo, devem ser cultivadas motivações e competências pessoais e profissionais apropriadas. O esperado é que esse processo conduza a uma alta expectativa dos educadores em relação aos estudantes, devido à grande influência dessa atitude em relação ao sucesso do processo educativo.

Nessa perspectiva, o PDP vai além do que podem oferecer as modalidades tradicionais de treinamento e capacitação. O PDP orienta-se para o exercício da capacidade de lidar bem com as novidades e o inesperado, de propor soluções novas e imprevistas, de responder apropriadamente as novas demandas dos estudantes em relação à sua formação, e não apenas atualizar o modo estabelecido de pensar e fazer.

Minas Gerais, Brasil
2006
Orçamento Público
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Outras Fontes

Resumo da implementação

O PDP começou a ser implementado na rede estadual de Minas Gerais em 2005 e sua presença nesta rede de ensino se estendeu até 2011. A célula básica do PDP é o Grupo de Desenvolvimento Profissional (GPD) e seu objetivo é constituir-se em espaço para a produção de ideias, mudanças de atitudes e de inovações nas práticas educacionais. Isso é feito tendo como estratégia fundamental a realização de um projeto de interesse comum elaborado pelos integrantes do grupo. A participação dos docentes nos grupos foi voluntária e por iniciativa dos próprios integrantes.

Todos os GDP possuem um coordenador escolhido pelos membros do grupo e possuem um orientador externo, com experiência no tema a ser abordado pelo grupo, indicado para apoiar e acompanhar as suas atividades. Os GDP, aprovados em um processo de seleção, recebiam anualmente recursos da Secretaria de Educação para cobrir as despesas dos projetos de inovação que propuseram realizar. A partir de 2007, foi dada ênfase aos projetos de enriquecimento curricular nas seguintes áreas: alfabetização e letramento, avaliação educacional e institucional, ciência, cultura e tecnologia, desenvolvimento do ensino, educação ambiental, educação patrimonial. Em 2009, foram selecionados 788 projetos de GDP distribuídos por 376 escolas e localizados em 221 municípios, envolvendo mais de 8,7 mil educadores.

Outras informações

Ano
2006
Localidade
Minas Gerais, Brasil
Fonte financiamento

Orçamento: Governo do Estado de Minas Gerais.

Implementadores

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.

Links e outras fontes

FIGUEIREDO, J.S.B e LOPES, J.A. Políticas Educacionais de Formação Continuada e o Programa de Desenvolvimento Profissional de Minas Gerais. Ensaio, Vol. 11, no 1, junho (2009). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/ensaio/article/view/10397.

 

ANTUNES, M. F. S. Formação continuada e desenvolvimento profissional no projeto de desenvolvimento profissional em Minas Gerais. Cadernos de Pesquisa em Educação — PPGE/UFES. Vitoria, ES. a. 10, v. 19, n. 38, p. 11-34, jul./dez. 2013. Disponível em: http://periodicos.ufes.org.br/vania_araujo,+Artigo+1.pdf.

Custo de implementação

Custo total por educador participante do PDP:

R$ 591 (valores de 2010).

Estudos prévios

O Programa do Instituto Singularidades carece de avaliação. No entanto, a literatura indica que a promoção de diversidade no corpo docente é indutora de melhoria de resultado, especialmente para minorias. Por exemplo, analisando dados do Estado de Tennessee nos Estados Unidos, Gershenson et al. (2022) mostram efeitos na diminuição da evasão.

Metodologia dos estudos prévios

Faz sentido lógico.