Summer Youth Employment Program (SYEP) NY

Summer Youth Employment Program (SYEP) NY

Apoio à transição para o mundo do trabalho – Experiência profissional concomitante ao ensino durante as férias

O Programa de Emprego de Jovens de Verão (Summer Youth Employment Program, em inglês) conecta os jovens de 14 a 24 anos em situação de vulnerabilidade da cidade de Nova Iorque com experiências profissionais remuneradas a cada verão. Para o verão do ano de 2021, foram selecionados 74.884 jovens na cidade.

Nova Iorque/NY, EUA
2005
Quatro fontes
36.550 alunos
Outras Fontes

Resumo da implementação

Desde 2005 a cidade implementa a maior iniciativa de experiência profissional nas férias de verão do país, chamada “Out of School Time” (OST). O Departamento de Juventude e Desenvolvimento Comunitário é a principal agência responsável pelo Programa, que também presta outros serviços aos jovens, famílias e comunidades da cidade de Nova Iorque.

O Programa oferece preparo para o trabalho, aprendizado fundamentado em projetos, treinamento em alfabetização financeira, além da experiência de trabalho durante o verão. Cada participante recebe o salário mínimo de USD 15 por hora trabalhada entre os meses de julho e agosto.

São elegíveis residentes nos cinco bairros da cidade de Nova Iorque e quem estiver legalmente autorizado a trabalhar nos Estados Unidos. Anualmente as inscrições são abertas a todos jovens com idade entre 14 e 24 anos. A seleção é feita através de um sorteio.

Outras informações

Ano
2005
Localidade
Nova Iorque/NY, EUA
Fonte financiamento

Quatro fontes principais de financiamento:

 

  • City Tax Levy: 74,82 por cento = USD 127,5 milhões
  • New York State: 13,67 por cento = USD 23,3 milhões
  • Community Service Block Grant (federal): 3,58 por cento = USD 6,1 milhões
  • American Rescue Plan: 7,57 por cento = USD 12,7 milhões
  • Doações Privadas para prefeitura: 0,35 por cento = USD 6 milhões
Implementadores

Departamento de Juventude e Desenvolvimento Comunitário de NYC em parceria com organizações de base que fazem processo seletivo para serem selecionadas e responsáveis pelos resultados e metas com a população atingida.

Links e outras fontes

Lei nº 10.097 de 2000: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l10097.htm.

CORSEUIL, C. H. L.; FOGUEL, M. N.; TOMELIN, L. F. Uma avaliação de impacto de um programa de qualificação profissional na empresa sobre a inserção dos jovens no mercado de trabalho
formal. 2017.

Custo de implementação

O orçamento do Programa para 2021 foi de USD 175,6 milhões atendendo 74.884 jovens.

Estudos prévios

GELBER, A; ISEN, A; KESSLER, J. B. The Effects of Youth Employment: Evidence from New York City Lotteries. Quarterly Journal of Economics 131 (1): 423–60, 2016. https://doi.org/10.1093/qje/qjv034.

 

LEOS-URBEL, J. What is a summer job worth? The impact of summer youth employment on academic outcomes. Journal of Policy Analysis and Management, 33(4), 891-911, 2014.

Tamanho total da amostra

As análises de impacto se concentram sobre os 36.550 alunos que estavam nas 8ª a 11ª séries durante o ano escolar anterior à participação no SYEP.

Metodologia dos estudos prévios

RCT (Randomized Control Trial — Ensaios Clínicos Aleatorizados).

Efeitos

O SYEP em geral tem um impacto positivo, embora pequeno, na frequência escolar: Um aumento de 1 por cento a 2 por cento em média, ou aproximadamente dois a três dias adicionais na escola.

 

Estimativas de impacto são maiores para os estudantes que podem estar em maior risco educacional: aqueles com 16 anos ou mais velhos que não frequentavam a escola. Para esses estudantes, o aumento médio na frequência é de aproximadamente 3 por cento, ou quatro a cinco dias escolares adicionais na escola.

 

Além disso, para este grupo, o SYEP aumenta a probabilidade de tentar e passar nos exames de inglês e matemática, embora não haja efeito significativo nas pontuações dos testes. O aumento da probabilidade de aprovação parece ser devido ao aumento da probabilidade de tentar os exames em vez de melhorar o desempenho do teste.

Aprendizagem Profissional

Aprendizagem Profissional

Apoio à transição para o mundo do trabalho – Experiência profissional concomitante ao ensino durante o ano letivo

A Aprendizagem Profissional é uma modalidade de qualificação profissional de adolescentes e jovens, regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com atualização pela promulgação das Leis nº 10.097/2010, nº 11.180/2005 e nº 11.788/2008. Recentemente, o Decreto nº 9.579, de 22 de novembro de 2018, estabeleceu novos critérios para o Programa. Conforme afirma o Manual da Aprendizagem Profissional do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT), trata-se de um instituto de formação técnica profissional constante de atividades teóricas e práticas, de complexidade progressiva, em programa correlato às atividades desenvolvidas nas empresas contratantes.

O objetivo é proporcionar aos jovens aprendizes uma formação profissional básica. O Programa fundamenta-se na obrigação legal de cumprimento de cota de contratação de aprendizes pelas empresas, visando justamente essa finalidade. A formação realiza-se em programas de Aprendizagem organizados e desenvolvidos sob orientação e sob responsabilidade de instituições formadoras legalmente qualificadas.

A validade do contrato de Aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), matrícula e frequência do aprendiz na escola, caso não tenha concluído o ensino médio. Além disso, é necessária a inscrição do aprendiz em programa de Aprendizagem Profissional, desenvolvido por entidade qualificada em formação técnicoprofissional metódica. Os programas de Aprendizagem Profissional devem ser sempre vinculados a uma ocupação codificada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), podendo ser desenvolvidos no âmbito de formação inicial por ocupação profissional ou arco ocupacional ou em formação técnica de nível médio. O adolescente ou o jovem entre 14 e 24 anos pode ser aprendiz.

Como mencionado, caso o jovem não tenha concluído o ensino médio, deve estar obrigatoriamente matriculado e frequentando a escola regular (§ 1º do art. 428 da CLT), o que contribui para sua continuidade de estudos. Em se tratando de aprendizes na faixa dos 14 aos 18 anos, a matrícula em programas de Aprendizagem deve observar a prioridade legal atribuída aos Serviços Nacionais de Aprendizagem e, subsidiariamente, às Escolas Técnicas de Educação e as Entidades sem Fins Lucrativos (ESFL), que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e a educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

Brasil
2000
Sistema S
-
Outras Fontes

Resumo da implementação

O Manual da Aprendizagem do SINAIT fornece informações importantes para empresas que buscam implementar a contratação de aprendizes. Os programas de Aprendizagem devem ser elaborados de acordo com o Catálogo Nacional de Programas de Aprendizagem Profissional (CONAP), publicado na página eletrônica do Ministério do Trabalho (MTb).

Os cursos oferecidos pelos Serviços Nacionais de Aprendizagem não geram despesas para as empresas, por se constituírem em uma de suas finalidades precípuas. No caso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que oferece programas de Aprendizagem para a área industrial, os alunos são selecionados e contratados pelas empresas, por meio de editais de oferta com cursos de qualificação profissional ou cursos técnicos de nível médio, conforme preferência das empresas.

No SENAI-RJ, o Programa oferece a possibilidade de fase escolar e fase de prática profissional na empresa, e a prática pode ser desenvolvida de forma subsequente ou concomitante à fase escolar. O que tem se destacado nesse modelo é a efetiva qualificação profissional dos jovens nas ocupações industriais, por meio de um processo educativo realizado por instrutores experientes nas oficinas e laboratórios tecnológicos da instituição, acrescentando-se, ainda, a possibilidade de prática na empresa, complementar à formação da fase escolar. As pesquisas de egressos realizadas pela instituição têm revelado impactos muito positivos em termos da socialização, do trabalho e da continuidade de estudos dos jovens.

Outras informações

Ano
2000
Localidade
Brasil
Fonte financiamento

Empresas empregadoras e Sistema S, quando o Programa for oferecido por eles.

Implementadores

Ministério do Trabalho em coordenação com as empresas empregadoras e instituições formadoras legalmente qualificadas.

Links e outras fontes

Lei nº 10.097 de 2000: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l10097.htm.

CORSEUIL, C. H. L.; FOGUEL, M. N.; TOMELIN, L. F. Uma avaliação de impacto de um programa de qualificação profissional na empresa sobre a inserção dos jovens no mercado de trabalho
formal. 2017.

Chicago’s After School Matters (ASM)

Chicago’s After School Matters (ASM)

Apoio à transição para o mundo do trabalho – Experiência profissional concomitante ao ensino durante o ano letivo

Os programas extracurriculares de contraturno para adolescentes são vistos como uma forma de promover o desenvolvimento positivo dos jovens, sendo muitos deles voltados para a conquista acadêmica. O “O Contra turno importa em Chicago” (Chicago’s After School Matters) é o maior do tipo para estudantes do ensino médio nos EUA e oferece estágios remunerados nas áreas de artes, tecnologia, esportes e comunicações para adolescentes, das escolas mais carentes de Chicago.

Chicago/IL, Estados Unidos
1991
Doações filantrópicas
-
Estudos Prévios

Resumo da implementação

O Programa After School Matters (ASM) de Chicago oferece uma oportunidade para aprender habilidades de trabalho e pode aumentar seu compromisso com o sucesso na escola. O Programa oferece cursos em uma área específica de conteúdo (as artes, comunicações, ciência, esportes ou tecnologia), além de habilidades essenciais do século 21 que preparam os adolescentes para o trabalho, para a faculdade e para a vida. São consideradas “habilidades de preparação para a faculdade e para a carreira” e incluem: Conjunto de Mentes Pessoais, Planejamento para o sucesso, Conscientização Social, Comunicação Verbal, Colaboração, Solução de problemas. Para os jovens que atendem com sucesso os requisitos do Programa (incluindo comparecimento e participação), o After School Matters lhes oferece uma bolsa em dinheiro.

A bolsa diminui as barreiras de participação, reforça a importância da participação dedicada nos programas e tem um impacto econômico sobre os adolescentes, suas famílias e comunidades. A lógica da bolsa é reforçar o valor de seu tempo e esforços.

Outras informações

Ano
1991
Localidade
Chicago/IL, Estados Unidos
Fonte financiamento

Doações filantrópicas, parceria com o Governo de Chicago, assim como trabalho voluntário.

Implementadores

A organização After School Matters foi fundada em 1991.

Custo de implementação

Existem 26.000 opções de programas produtos das parcerias construídas nos últimos 30 anos. O custo da bolsa por jovem além do valor de cada oferta programática varia entre USD 375 a USD 1,575 no verão (único valor entre os meses junho e setembro) e no ano letivo (único valor entre os meses de setembro a maio) entre USD 275 a USD 750.

Parceiros potenciais

Fundação Roberto Marinho: https://www.frm.org.br/.

Estudos prévios

ROBERT, G; CUSICK, G. R.; WASSERMAN, M; GLADDEN, M. After-School Programs and Academic Impact: A Study of Chicago’s After School Matters. Chapin Hall Center for Children, 2007. Disponível em: https://eric.ed.gov/?id=ED496742.

Metodologia dos estudos prévios

OLS (Ordinary Least Squares — Análise de Regressão)

Efeitos

Segundo o relatório do Programa, os participantes do ASM tem 2,7 vezes mais chances de se formar no ensino médio do que seus pares que não participaram.

Summer Youth Employment Program

Summer Youth Employment Program

Apoio à transição para o mundo do trabalho – Experiência profissional concomitante ao ensino durante as férias

O Programa de Experiência Profissional durante as Férias de Boston (Summer Youth Employment Program) ajuda jovens de 14 a 24 anos a encontrar oportunidades de experiência profissional durante as férias de verão em Boston, conectando-os a empregadores locais. Os jovens recebem treinamento para o trabalho e são colocados em empregos subsidiados ou com empregadores privados, ganhando o salário mínimo de Massachusetts.

O treinamento dura 20 horas e cobre aulas sobre como procurar um emprego, como escrever um currículo e carta de apresentação, como responder a perguntas típicas de entrevista, além de técnicas de comunicação, colaboração e resolução de conflitos. O Programa dura seis semanas, começando no início de julho, e os jovens trabalham até 25 horas por semana. Os jovens se inscrevem por meio de intermediários contratados pelo Escritório de Desenvolvimento da Força de Trabalho da prefeitura de Boston, que ficam responsáveis pela intermediação entre os jovens e as empresas, e pela oferta do treinamento.

Boston/MA, EUA
1990
Recurso público e privado
4.235 indivíduos
Estudos Prévios

Resumo da implementação

O Programa vem sendo implementado em Boston desde os anos 1980, e emprega anualmente mais de 10 mil jovens durante o verão, através de aproximadamente 900 empregadores. Os alunos podem participar do Programa durante mais de um verão. O Programa pode impactar as chances de evasão de diversas formas:

  • Melhorando habilidades não-cognitivas, como responsabilidade, motivação, gestão do tempo, autoconfiança e determinação, que são importantes para o sucesso na vida adulta e podem melhorar a frequência escolar e reduzir a evasão.
  • Aumentando as aspirações de futuro, tanto acadêmicas quanto profissionais, ao oferecer experiências de trabalho significativas.
  • Reduzindo o risco de envolvimento em comportamentos de risco, fornecendo atividades produtivas para ocupar o tempo livre dos jovens.
  • Fornecendo renda direta para os jovens e suas famílias, ajudando a reduzir a pobreza. Cerca de metade dos jovens no Programa de Boston relatam ajudar a pagar as contas domésticas e em cada cinco economiza para a faculdade.

Outras informações

Ano
1990
Localidade
Boston/MA, EUA
Fonte financiamento

Depende de financiamento municipal, estadual e privado para conectar cerca de 10.000 adolescentes da cidade a cada verão com cerca de 900 empregadores locais.

Implementadores

Secretaria municipal de desenvolvimento da força de trabalho de Boston (Mayor´s Office of Workforce Development).

Links e outras fontes

Lei nº 10.097 de 2000: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l10097.htm.

CORSEUIL, C. H. L.; FOGUEL, M. N.; TOMELIN, L. F. Uma avaliação de impacto de um programa de qualificação profissional na empresa sobre a inserção dos jovens no mercado de trabalho
formal. 2017.

Custo de implementação

Em 2017 o orçamento era de USD 10 milhões anuais.

Estudos prévios

MODESTINO, A. How Do Summer Youth Employment Programs Improve Criminal Justice Outcomes, and for Whom? Journal of Public Policy Analysis and Management, 38(3), 600-628, 2019. https://www.bostonfed.org/-/media/Documents/cddp/cddp1701.pdf.

MODESTINO, A.; PAULSEN R. School’s Out: How Summer Youth Employment Programs Impact Academic Outcomes. Education Finance and Policy, 2023; 18 (1): 97–126. doi: https://doi.org/10.1162/edfp_a_00371.

Tamanho total da amostra

4.235 indivíduos (1.186 tratamento–3.049 controle)

Metodologia dos estudos prévios

RCT (Randomized Control Trial — Ensaios Clínicos Aleatorizados).

Efeitos

Em termos de efeitos de curto prazo do Programa, os participantes relataram uma melhora nas habilidades sociais e atitudes em relação suas comunidades, maior aptidão para o trabalho e maiores aspirações acadêmicas.

 

Em termos de resultados a longo prazo, aqueles do grupo de tratamento tiveram uma redução de 25 por cento na chance de evadir da escola durante o ensino médio, e uma chance de concluir o ensino médio 67,1 pontos percentuais maior do que os alunos do grupo de controle.

 

Verificou-se ainda reduções significativas no número de acusações por crimes violentos (-35 por cento) e crimes contra a propriedade (-57 por cento) durante os 17 meses após a participação no Programa.