Programa Bolsa Escola 10

Programa Bolsa Escola 10

Incentivos ao retorno e à permanência do aluno – Auxilio mensal – Bolsa por conclusão de série ou do ensino médio

O Programa Bolsa Escola 10, instituído em dezembro de 2021, faz parte da estratégia do Governo do Estado de Alagoas para incentivar a retomada das aulas, a permanência na escola e a conclusão do ensino médio no período pós-pandemia de COVID-19. É apresentado pelo Governo estadual como um programa de bolsa de estudos e combate à evasão.

Há auxílios e benefícios pagos aos estudantes, por meio do Cartão Escola 10, de maneira periódica e, também, intermitente. Inicialmente, cada aluno que retornou às aulas presenciais a partir da reabertura das escolas recebe R$ 500. O Cartão Escola 10 também faz o pagamento mensal de R$ 100 por aluno, condicionado à frequência.

Para incentivar a conclusão do ensino médio, o Governo alagoano instituiu o pagamento de R$ 2.000 por aluno após a conclusão desta etapa. O valor serve também como forma de apoio para o início da vida profissional ou universitária.

Alagoas, Brasil
2021
Tesouro do Estado
-
Estudos Prévios

Resumo da implementação

O Programa Bolsa Escola 10 foi regulamentado pelo Decreto Estadual nº 76.651, de 15 de dezembro de 2021, e instituído pela Lei Estadual nº 8.551, de 10 de dezembro de 2021. Os incentivos são cumulativos e dividem-se em três categorias: retomada, permanência e premiações. 

Durante a campanha eleitoral de 2022, o atendimento aos usuários do Cartão Escola 10 foi realizado exclusivamente pelo WhatsApp e, para comunicar a mudança na prestação do serviço, a Seduc realizou uma campanha com influenciadores do Estado para atingir o público-alvo..

Outras informações

Ano
2021
Localidade
Alagoas, Brasil
Fonte financiamento

Tesouro do Governo do Estado de Alagoas.

Implementadores

Governo do Estado de Alagoas por meio da Secretaria Estadual de Educação.

Estudos prévios

SILVA, Wellyngton Chaves Monteiro da. Uma análise do programa escola 10 como política pública educacional para o Estado de Alagoas. 2021. Link: http://hdl.handle.net/10183/223060.

Metodologia dos estudos prévios

Faz sentido lógico.

Poupança Escola Niterói

Poupança Escola Niterói

Incentivos ao retorno e à permanência do aluno – Bolsa por conclusão de série ou ensino médio

Projeto de poupança escolar implementado pela prefeitura municipal de Niterói, para alunos a partir do 9º ano do ensino fundamental. O Poupança Escola Niterói paga quantias decrescentes de premiação, sendo: R$ 1.200 pela aprovação no 9º ano do fundamental, e R$ 1.100, R$ 1.000 e R$ 800 pela aprovação na 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio, respectivamente. Para alunos do ensino médio Profissionalizante Integrado, ao concluírem o 4º ano, recebem R$ 800. Todos são bonificados com mais R$ 400 pela pontuação acima da média nacional no ENEM. Posteriormente, o Programa foi expandido para os alunos do 6º, 7º e 8º anos, que podem receber R$ 800 pela aprovação em cada uma destas etapas.

O benefício está condicionado à participação em atividades extracurriculares, frequência maior que 75 por cento, não infração do Regimento Escolar e aprovação no ano letivo.

Niterói/RJ, Brasil
2019
Recursos municipais
-
Outras Fontes

Resumo da implementação

Foi instituído pela Lei nº 3.363/2018 e regulamentado no ano seguinte.

Assim como outras iniciativas similares, do montante depositado anualmente, a parcela de 30 por cento do benefício é livre para saques no mesmo ano para os alunos aprovados e o restante (70 por cento) é condicionado à conclusão do ensino médio. 

Para ser elegível ao projeto Poupança Escola Niterói o aluno deve ser proveniente de uma família beneficiária do Programa Bolsa Família, ser residente da cidade há pelo menos um ano, ser aluno de uma escola da rede pública localizada em Niterói e estar matriculado em uma das séries que tem bonificação prevista, ou seja, 6º ano do ensino fundamental, ao 3º ano do ensino médio.

Outras informações

Ano
2019
Localidade
Niterói/RJ, Brasil
Fonte financiamento

Recursos do município de Niterói a título de royalties e participação especial devidos pelas concessionárias de exploração de petróleo e gás natural.

Implementadores

Município de Niterói, a princípio implementada pela Secretaria Executiva e atualmente, a partir do Decreto nº 13.022/2021, pela Secretaria de Governo do município.

Links e outras fontes

Cartilha do projeto Poupança Escola Niterói: http://www.poupancaescola.niteroi.rj.gov.br/public/ documentos/Cartilha-Poupanca-Escola-Niteroi- Brasao.pdf.
Lei municipal que dispõe e institui o Projeto Poupança Escola Niterói: https://t.ly/S_Kq.
Landpage do projeto: https://t.ly/1YC1.
Cartilha do projeto Poupança Escola Niterói: http://www.poupancaescola.niteroi.rj.gov.br/public/ documentos/Cartilha-Poupanca-Escola-Niteroi- Brasao.pdf.
Lei municipal que dispõe e institui o Projeto Poupança Escola Niterói: https://t.ly/S_Kq.
Landpage do projeto: https://t.ly/1YC1.

Metodologia dos estudos prévios

Faz sentido lógico.

Projeto Poupança Jovem Piauí

Projeto Poupança Jovem Piauí

Incentivos ao retorno e à permanência do aluno – Bolsa por conclusão de série ou ensino médio

É um projeto de poupança escolar anual que recompensa alunos que finalizam os anos de estudo. O projeto Poupança Jovem Piauí premia os alunos que completam e são aprovados no 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, sendo pagos R$ 400, R$ 500 e R$ 600, respectivamente. Os alunos de escolas de ensino técnico, ao completarem o 4º ano, recebem R$ 700.

A titularidade de uma conta bancária não é um requisito para o recebimento da Poupança, basta ir até uma agência dos Correios com seus documentos e retirar um cartão de débito. O montante total pode ser sacado ao fim dos três anos, juntamente com a última parcela. O aluno pode retirar, no máximo, 40 por cento do valor anualmente, desde que aprovado na série.

Piauí, Brasil
2015
Banco Mundial
-
Estudos Prévios

Resumo da implementação

A implementação do Poupança Jovem Piauí foi incremental, começando em 2015 nos quatro municípios mais pobres de cada um dos 11 territórios de desenvolvimento do Estado, totalizando 44 municípios. O Programa expandiu de acordo com a ordem de pobreza em cada território de desenvolvimento. Em 2019, havia chegado a 77 municípios. Independentemente da renda, o aspecto determinante para a participação no Poupança Jovem Piauí é a localização, ou seja, ser matriculado na rede em um município contemplado. 

No início, durante a mobilização das escolas para o Projeto Poupança Jovem Piauí foram realizadas ações pedagógicas, palestras motivacionais, conferências e outras atividades. As ações abordaram temas do mundo do trabalho, como: empreendedorismo, confecção de currículo profissional, dicas para entrevistas de emprego. De maneira complementar, os temas das ações abrangeram o uso de entorpecentes, gravidez na adolescência, violência doméstica, assédio na escola, suicídio, autolesão, bullying e a importância da conclusão do ensino médio.

Os professores e gestores escolares participaram de oficinas e conferências com devolutivas pedagógicas sobre avaliações diagnósticas externas bimestrais e anuais, e discussões com foco na melhoria da gestão e do ensino.

Outras informações

Ano
2015
Localidade
Piauí, Brasil
Fonte financiamento

Entre 2015 a 2019, os recursos vieram do Banco Mundial.

Implementadores

Secretaria de Educação do Estado do Piauí.

Estudos prévios

PEREIRA, V. Relatório final: avaliação de impacto do Projeto Poupança Jovem Piauí. Projeto Pilares de Crescimento e Inclusão Social, 2019.

Tamanho total da amostra

250 escolas, totalizando 7.362 observações constituídas pela combinação série-escola-ano entre 2007 e 2018. SUBCATEGORIA 2.3 Bolsa por conclusão de série.

Metodologia dos estudos prévios

DID (Differences in Differences — Diferenças em Diferenças)

Efeitos

Redução de 13 por cento na taxa de abandono no primeiro ano de implementação do Programa e de 34 por cento na taxa de abandono no segundo ano de sua implementação.

Programa Renda Melhor Jovem

Programa Renda Melhor Jovem

Incentivos ao retorno e à permanência do aluno – Bolsa por conclusão de série ou ensino médio

O Programa fez parte da iniciativa Rio Sem Miséria, criada pela Lei nº 6.088, de 25 de novembro de 2011, com os Programas Renda Melhor (RM) e Renda Melhor Jovem (RMJ). Caracterizou-se pela criação de uma poupança para incentivar estudantes provenientes de famílias em extrema pobreza a completarem o ensino médio Regular, Integrado ou Técnico e Profissional.

Os alunos aptos a participar do Renda Melhor Jovem foram aqueles cuja renda preditiva familiar não ultrapasse R$ 100 mensais per capita. Outra condicionalidade da entrada no Programa era a participação da família no Programa Renda Melhor. Vale ressaltar, no entanto, que a permanência no RMJ não era condicionada ao RM, ou seja, caso a família não se enquadrasse mais no RM o jovem continuaria beneficiário do RMJ.

Para cada ano de estudo completado com aprovação, um depósito era realizado em uma conta própria do estudante. No máximo, 30 por cento do montante anual poderia ser retirado pelo estudante. O saque completo do valor podia ser efetuado após a sua formatura no ensino médio.

Ao completar o 1º ano do ensino médio, o aluno ganhava R$ 700, no 2º ano era recompensado com R$ 900, e ao completar o 12º ano recebia R$ 1000. Para alunos do ensino médio Técnico ou Profissional, a premiação era R$ 1.200 ao completar o 4º ano do ensino médio. Todos os formandos recebiam um incentivo extra, de R$ 500, quando seu desempenho no ENEM superava a média nacional.

Os incentivos eram depositados apenas para aqueles alunos elegíveis que tinham uma conta em seu nome, que seria acessada para monitoramento pelo jovem.

Em casos de abandono escolar, reprovação ou condenação criminal o estudante perdia todo o valor até então acumulado em sua conta bancária.

Rio de Janeiro/RJ, Brasil
2011
Tesouro do Estado
1.304 escolas
Estudos Prévios

Resumo da implementação

A princípio, em 2011, foi implementado nos três municípios com maior proporção de pessoas pobres da Região Metropolitana do Rio de Janeiro: Japeri, Belford Roxo e São Gonçalo (Decreto nº 42.999, de 2 de junho de 2011). Em 28 de dezembro de 2011, o Decreto no 43.382 ampliou a abrangência do Programa alcançando 35 municípios, além dos três iniciais. Em 2021, o Decreto nº 43.568 dispõe sobre a inclusão de mais 13 municípios. Por fim, em 2013, através do Decreto nº 44.124, o Programa foi instituído em todo o território do Estado do Rio de Janeiro. 

O Programa foi suspenso em 2016 e retomado em janeiro de 2022. Atualmente, o Decreto nº 47.892 de dezembro 2021 prevê a implementação do Programa nos dez territórios sociais com menores IDH do município do Rio de Janeiro e nos dez municípios com menores IDH do Estado

Outras informações

Ano
2011
Localidade
Rio de Janeiro/RJ, Brasil
Fonte financiamento

Tesouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Implementadores

Governo do Estado do Rio de Janeiro — Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro.

Custo de implementação
Estudos prévios

PEREIRA, V. A. From Early Childhood to High School: Three Essays on the Economics of Education. PUC-Rio, 2016.

Tamanho total da amostra

1.304 escolas acompanhadas de 2007 a 2013, totalizando 6.328 pares de escola-ano.

Metodologia dos estudos prévios

DID (Differences in Differences — Diferenças em Diferenças).

Efeitos

• Redução de 33 por cento da taxa de evasão entre o público-alvo de baixa renda.

• Aumento de 9 pontos percentuais na taxa de aprovação dos alunos.

Incentivos Condicionados

Incentivos Condicionados

Incentivos ao retorno e à permanência do aluno – Bolsa por conclusão de série ou ensino médio

A Secretaria de Educação de Bogotá, no Governo de Antanas Mockus, introduziu benefícios condicionais no Programa Piloto de Assistência Escolar (Beneficios Condicionados a la Asistencia Escolar) para aumentar a retenção de alunos, reduzir as taxas de evasão escolar e diminuir o trabalho infantil entre os estudantes do ensino médio de baixa renda.

Bogotá, Colômbia
2005
Secretaria de Educação
13.433 participantes
Estudos Prévios

Resumo da implementação

A Secretaria de Educação implementou o Programa Piloto em San Cristobal e Suba, dois dos distritos mais pobres entre os 20 distritos que existem em Bogotá. O Programa foi implementado com o objetivo de identificar o melhor momento ou momentos para fazer as transferências monetárias condicionadas com o maior efeito possível.

Foram feitos dois experimentos separados:

O primeiro experimento contou com três grupos:

1. Tratamento básico: Semelhante a muitos pilotos de transferências monetárias condicionadas em todo o mundo, em que os participantes recebem USD 30 de dois em dois meses através de um cartão de débito condicionando a matrícula na escola e a frequência pelo menos de 80 por cento dos dias letivos durante o período de pagamento, durante o tempo de duração da escola secundária. As transferências no grupo tratamento básico podem totalizar USD 150 por ano letivo para os alunos que cumpriram todos requisitos. Vale ressaltar que, na média, as famílias informaram ter gastos de USD 125 com despesas em educação.

2. Tratamento da poupança: É um tratamento experimental neutro em termos de transferências do tratamento básico. No tratamento de poupança, ao invés de receber USD 30 por cumprir o objetivo de frequência escolar durante dois meses, nas famílias dos estudantes recebiam USD 20 bimestralmente e USD 10 eram mantidos numa conta bancária, e só poderiam ser sacados se os alunos frequentassem pelo menos 80 por cento dos dias letivos durante cada período de pagamento. Os fundos acumulados — até USD 50 por ano letivo para estudantes em plena conformidade — eram disponibilizados às famílias durante o período em que os estudantes se preparavam para se inscrever para o próximo ano letivo.

3. Controle: Não recebeu nenhuma transferência de renda.

O segundo experimento também contou com três grupos:

1. Tratamento básico, como no primeiro experimento.

2. Tratamento terciário: Também um tratamento neutro em relação ao total transferido. Nesse braço do experimento, em vez de receber USD 30 bimestralmente, as famílias recebiam USD 20, e os USD 10 restantes ficavam retidos em uma conta poupança, que só podia ser acessada ao final do ensino médio. Para acessar o valor, com os juros acumulados ao longo do tempo, o aluno deveria se matricular em um curso de ensino superior, ou esperar um ano adicional até poder sacar o valor.

3. Controle: Não recebeu transferência.

Outras informações

Ano
2005
Localidade
Bogotá, Colômbia
Fonte financiamento

Secretaria de Educação de Bogotá.

Custo de implementação

Programa descontinuado mas que deu insumos para o atual Jóvenes en Acción (referenciado neste mapeamento).

Parceiros potenciais

Departamento para Prosperidade Social da Colômbia.

Estudos prévios

BARREIRA-OSORIO, F; LINDEN, L. L.; SAAVEDRA, J. E. “Mediumand Long-Term Educational Consequences of Alternative Conditional Cash Transfer Designs: Experimental Evidence from Colombia.” American Economic Journal: Applied Economics, 11 (3): 54-91. 2019.

BARREIRA-OSORIO, F; BERTRAND, M; LINDEN, L. L; PEREZ-CALLE, F. “Improving the Design of Conditional Transfer Programs: Evidence from a Randomized Education Experiment in Colombia.” American Economic Journal: Applied Economics 3 (2): 167–95. 2011.

Tamanho total da amostra

7.984 vagas com orçamento garantido para os ensaios entre 13.433 participantes elegíveis.

Metodologia dos estudos prévios

RCT (Randomized Control Trial — Ensaios Clínicos Aleatorizados).

Efeitos

Os alunos que no primeiro experimento fizeram parte do tratamento da poupança tiveram uma queda de 8 por cento na taxa de evasão , enquanto aqueles que no segundo experimento fizeram parte do tratamento terciário tiveram uma queda de 15 por cento na evasão. O tratamento terciário, no entanto, ao condicionar o saque imediatamente após a conclusão do Ensino Médio à matrícula em uma instituição de Ensino Superior, acabou por incentivar a matrícula em instituições de pior qualidade.

Learning Accounts de New Brunswick

Learning Accounts de New Brunswick

Incentivos ao retorno e à permanência do aluno – Bolsa por conclusão de série ou ensino médio

O Learning Accounts de New Brunswick forneceu até USD 8.400 em ajuda financeira para estudantes de baixa renda no ensino médio. A partir da 10ª série (1º ano do ensino médio), o Programa previa pagamentos condicionados ao cumprimento de parâmetros de referência, como a conclusão da 10ª, 11ª e 12ª série. Faz parte de uma estratégia maior chamada Future to Discover composta por dois programas: Learning Accounts (LA) e Explore Your Horizons (EH).

Canadá
2003
CMSF e Governo
1.200 participantes
Estudos Prévios

Resumo da implementação

O Learning Accounts (LA) foi implementado somente na província de New Brunswick. O critério de elegibilidade para a intervenção foi a renda familiar anual abaixo de USD 5.000.

Os participantes precisavam frequentar a escola até o final da 10ª série para receber uma parcela de USD 2.000 em sua conta, e ao final da 11ª série recebiam outros USD 2.000. Depois disso, o participante que se formasse com sucesso em uma escola secundária de New Brunswick teria mais uma parcela de USD 4.000 depositados na sua conta pessoal. 

Se o aluno se inscrever com sucesso em um programa de ensino profissionalizante, ele poderá sacar os fundos acumulados em sua conta. Uma vez confirmado o status de sua inscrição, os participantes podem solicitar USD 2.000 (parcelado em duas vezes por ano acadêmico), até o total máximo de USD 8.000 em um período de dois anos. A matrícula foi realizada pela New Brunswick Student Financial Services ou pela New Brunswick Aprendizagem (para aprendizes registrados), e todos os fundos tiveram que ser transferidos dentro de seis anos após a conta ser oferecida no início da 10ª série. 

Vale mencionar que um estudante que levou três anos para completar o ensino médio em uma escola de New Brunswick tinha direito a receber um pagamento até três anos após sua graduação, e o valor do pagamento depende do número de parcelas na conta do estudante. Por exemplo, um estudante que tinha acumulado USD 4.000 em sua conta até o final da 11ª série, mas graduado em uma escola de Quebec (ao invés de uma escola de New Brunswick) antes de se matricular em um programa educacional profissionalizante receberia USD 4.000.

Outras informações

Ano
2003
Localidade
Canadá
Fonte financiamento

Programa financiado pela Canada Millennium Scholarship Foundation (CMSF), organização privada independente que recebeu um endowment inicial do Governo Federal do Canadá para fomento de bolsas.

Implementadores

A província de Brunswick através da Social Research and Demonstration Corporation (SRDC).

Links e outras fontes

Relatório técnico do Conselho de Ontario sobre politicas que fomentam a finalização do ciclo de educação básica: https:// heqco.ca/wp-content/uploads/2020/02/Formatted_FTD_longreport_ FINAL.pdf.
Relatório técnico Bourses du Millenaire: https://www.srdc.org/ media/9216/FTD_PSI_Report_EN.pdf.
Fichamento oficial sobre o ciclo 2003-2004: https://www23. statcan.gc.ca/imdb/p2SV.pl?Function=getSurvey&SDDS=5066.

Custo de implementação

Uma análise detalhada do custo-benefício publicada pela agência SRDC concluiu que a promessa.

Parceiros potenciais

Instituições de Educação Superior com cursos técnicos profissionalizantes.

 

Estudos prévios

FORD, R.; FRENETTE, M.; NICHOLSON, C.; KWAKYE, I.; HUI, S. W.; HUTCHISON, J.; DOBRER, S.; SMITH FOWLER, H.; HÉBERT, S. Future to Discover Pilot Project: Post-secondary Impacts Report. Ottawa: Social Research and Demonstration Corporation, 2012.

Tamanho total da amostra

Cerca de 1.200 participantes divididos entre Manitoba, New Brunswick francófono e New Brunswick anglófono.

Metodologia dos estudos prévios

RCT (Randomized Control Trial — Ensaios Clínicos Aleatorizados).

Efeitos

A oferta do Programa aumentou a chance de continuar na escola em até 10 pontos percentuais para os estudantes do percurso francófono, e em 6 pontos percentuais entre estudantes do percurso anglófono.

 

Pathways to Education

Pathways to Education

Apoio às aprendizagens – Desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

O Pathways to Education é um programa de suporte a estudantes com uma abordagem integrada, fundamentada em quatro pilares: 1) Aconselhamento do aluno, 2) Apoio financeiro, 3) Apoio psicosocial e 4) Apoio acadêmico. Tem como objetivo impactar o desempenho acadêmico da juventude e transformar positivamente a comunidade onde é implementado.

A partir do compromisso firmado pelos jovens e seus pais, cada jovem é designado a um conselheiro que acompanhará sua jornada e será o elo entre o participante e o Programa. As reuniões com o conselheiro são obrigatórias e acontecem ao menos duas vezes ao mês. Cada conselheiro acompanha as notas, frequência escolar e presença nas atividades do Programa de até 50 alunos. Por meio de voluntários, são oferecidas sessões de conteúdo acadêmico extra (tutorias), de 2 a 4 vezes por semana.

A tutoria pode ser personalizada ou feita em pequenos grupos, de até cinco alunos por tutor. Os jovens também devem participar de sessões de mentoria em grupo. Tais sessões quinzenais buscam desenvolver habilidades sociais e comprometimento com a comunidade. Exemplos de atividades incluem idas ao teatro, eventos esportivos, participar de oficinas de artes, projetos de reciclagem comunitária e artes marciais, além de resolução de conflitos. São incluídas também sessões de mentoria para escolha e planejamento da carreira (projeto de vida), incluindo visitas às universidades, sessões sobre preparação de currículo, preparação para entrevistas e visitas a potenciais empregadores.

O Programa também apoia financeiramente os jovens com pagamento de passagens de transporte público e materiais escolares para que se mantenham na escola. No longo prazo, o Programa forma uma bolsa-poupança para o aluno, com uma premiação de $ 1.000 dólares canadenses (aproximadamente USD 740) por cada ano completado no ensino médio. A poupança pode ser acessada ao final do ensino médio. A assiduidade dos encontros com os conselheiros é uma condição para ter o apoio financeiro.

Canadá
2001
Recursos próprios
6.907 estudantes
Estudos Prévios

Resumo da implementação

Em 2001, as ações foram iniciadas no bairro Regent Park, em Toronto, que abriga o maior conjunto habitacional da cidade. Os moradores são compostos em sua maioria por imigrantes, e era marcado por altos índices de consumo de drogas, violência e evasão escolar. A iniciativa de implementar o Programa partiu de profissionais do centro comunitário de saúde com o propósito de melhorar o desempenho acadêmico dos jovens.

Entre 80 a 95 por cento dos estudantes que são elegíveis para o Pathways to Education se registraram para participar. A partir de 2007, o Programa foi expandido e dois novos bairros foram incorporados, Rexdale e Lawrence Height. Atualmente, segundo o site do Programa, ele já é implementado em 31 localidades, distribuídas por todo território canadense.

Outras informações

Ano
2001
Localidade
Canadá
Fonte financiamento

Recursos próprios, provenientes de doações públicas e privadas (empresas e indivíduos).

Implementadores

Pathways to Education (ONG).

Links e outras fontes

Pathway to Education: https://t.ly/OwrT.

Custo de implementação

Em 2010, o custo de operação direta por estudante era de $ 3.500 dólares canadenses por ano e o custo administrativo era de $ 1.200 dólares canadenses.

 

Segundo Lavecchia et al. (2017), os custos totais de operação e administração diretos são estimados em $ 14.000 dólares canadenses por estudante.

Parceiros potenciais

Instituto Ideias de Futuro: https://ideiasdefuturo.com/.
Instituto Somos: https://www.institutosomos.org/.
Atados: https://www.atados.com.br/.
Programa Pró-lider: https://www.programaprolider.com.br/.
Jornada do Líder da ONG Mapa Educação: https://t.ly/ZGof.

Estudos prévios

LAVECCHIA, A. M.; OREOPOULOS, P.; BROWN, R. S. “Long-Run Effects from Comprehensive Student Support: Evidence from Pathways to Education.” American Economic Review: Insights 2 (2): 209-24, 2020. Disponível em: https://t.ly/FoVJ. OREOPOULOS, P.; BROWN, R. S.; LAVECCHIA, A. M. “Pathways to Education: an integrated approach to helping at-risk high school students.” Journal of Political Economy 125 (4): 947-84, 2017. Disponível em Disponível em: https://doi.org/10.1086/692713.

Tamanho total da amostra

6.907 estudantes.

Metodologia dos estudos prévios

DID (Differences in Differences — Diferenças em Diferenças).

Efeitos
  • Aumento de 40 por cento na taxa de conclusão do ensino médio em Regent Park (sem o Programa, a taxa de conclusão era de 38 por cento. O Pathways to Education aumenta a taxa para 54 por cento).
  • Aumento de 57 por cento na taxa de alunos que se matricularam no ensino superior ao fim do ensino médio (era de 33 por cento, subiu para 53 por cento).
  • Aumento de 15 por cento nas notas de língua inglesa e de 21 por cento nas notas de matemática durante o 9º ano.
  • Aos 28 anos de idade, a chance de os alunos elegíveis ao Programa estarem empregados é 11 por cento maior, e o salário médio é 19 por cento mais alto.

Quantum Opportunity Program (QOP)

Quantum Opportunity Program (QOP)

Apoio às aprendizagens – Mentoria personalizada – Bolsa por conclusão de série ou do ensino médio

Durante cinco anos, a partir de 1995, o Programa Quantum Opportunity (QOP) foi implementado em 11 escolas de sete cidades estadunidenses. O Programa distribuiu incentivos financeiros de curto e longo prazo para os alunos que eram recompensados de acordo com a quantidade de horas que efetivamente direcionaram ao QOP. Trata-se de uma intervenção com componentes de mentoria, incentivos financeiros e serviços educacionais.

Os estudantes elegíveis são aqueles com baixa performance no ensino médio. O Programa acompanha o aluno durante os anos do ensino médio e prevê um adicional de um ano para casos em que o estudante fique uma série atrás, ou seja, tenha repetência de ano.

Os objetivos do QOP eram: reduzir comportamentos de risco e apoiar jovens a concluírem o ensino médio, além de incentivar o engajamento em outras fases de ensino. Para isso, durante cinco anos receberam incentivos financeiros e serviços de apoio que incluíram: mentoria com profissionais contratados e especializados, tutoria acadêmica e atividades de desenvolvimento de habilidades sociais.

Estados Unidos
1995
Fundo Privado
1.069 estudantes
Estudos Prévios

Resumo da implementação

Os estudantes receberam USD 1,25 por hora (valores de 2007) de atividades diretamente relacionadas ao Programa. Tais atividades são aquelas que pretendem melhorar as habilidades sociais dos estudantes, desenvolver o senso de comunidade e aprimorar a performance acadêmica. Todas as atividades eram realizadas depois da escola e em um período durante o fim de semana, totalizando 750 horas no ano. 

Além do pagamento pelas horas de atividades diretamente relacionadas, ao completar o ensino médio e seguir adiante no itinerário educacional, os alunos recebem o valor equivalente ao total que já foi pago pelas horas dedicadas ao QOP. Na média, os alunos acompanhados no grupo de tratamento da avaliação de impacto receberam cerca de USD 1.000 ao concluírem o ensino médio. 

Os profissionais foram contratados para o período de cinco anos e ficaram responsáveis pelo acompanhamento de 15 a 25 estudantes. O objetivo era desenvolver o relacionamento entre o jovem e o profissional. Eram responsáveis por monitorar o engajamento do jovem com o Programa, prevenir a evasão escolar, consequências de comportamento de risco como ser preso.

Outras informações

Ano
1995
Localidade
Estados Unidos
Fonte financiamento

Fundo Privado da Fundação Eisenhower.

Implementadores

Fundação Eisenhower.

Links e outras fontes

Ficha resumo do Programa: https://ies.ed.gov/ncee/wwc/Docs/InterventionReports/WWC_QOP_070207.pdf.
Página do Programa na Fundação Eisenhower: http://www.eisenhowerfoundation.org/qop.

Custo de implementação

Cerca de USD 25.000 no total da intervenção por estudante, na Filadélfia o custo total foi de USD 58.000 em razão do valor dos custos de mão de obra.

Estudos prévios

RODRIGUEZ-PLANAS, N. Longer-term Impacts of Mentoring, Educational Services, and Learning Incentives: Evidence from a Randomized Trial in the United States. American Economic Journal: Applied Economics, 4(4), 121-39, 2022.

RODRIGUEZ-PLANAS, N. School, drugs, mentoring, and peers: Evidence from a randomized trial in the US, Journal of Economic SUBCATEGORIA 1.4 Mentoria personalizada Behavior & Organization, Volume 139, 2017, Pages 166-181,ISSN 0167-2681, (2017). https://doi.org/10.1016/j.jebo.2017.05.003.

Tamanho total da amostra

1.069 estudantes

Metodologia dos estudos prévios

RCT (Randomized Control Trial — Ensaios Clínicos Aleatorizados).

Efeitos

O Programa aumentou a taxa de conclusão do ensino médio em 12 por cento. Houve também aumento de 21 por cento na taxa de alunos que frequentam instituições de ensino superior.

 

Um segundo estudo (RODRIGUEZ-PLANAS, 2017) mostrou que os efeitos estão concentrados entre os alunos mais velhos e com alto risco de uso de drogas. Para aqueles que tinham mais de 20 anos ao entrar no Programa, a probabilidade de conclusão do ensino médio aumentou de 15 por cento a 16 por cento, e a probabilidade de cursar o ensino superior subiu de 22 por cento a 28 por cento. O QOP também melhorou a empregabilidade dos alunos mais velhos, que tiveram um aumento de 13 por cento na chance de estar empregados e de 17 por cento no salário horário. Há evidências, no entanto, de que ao misturar alunos de diferentes backgrounds nas atividades de mentoria e buscar fortalecer os laços de pertencimento ao grupo, aqueles que antes conviviam com pares de baixo risco de consumo de drogas podem ter sido prejudicados pela influência de novos pares com alta chance de consumo de drogas.